As aptidões de Pedro Roma para ser guarda-redes revelaram-se cedo, como recordam os seus amigos de Pombal. "Ele tem jeito é para a baliza", dizem os que conviveram com o atleta da Académica quando começou a carreira num clube amador do concelho onde nasceu.Mais tarde, diz Pedro Roma, veio 'a grande transição, com o ingresso na Académica de Coimbra, com o 'sonho de ser futebolista profissional e de poder prosseguir os estudos', fazendo assim a vontade aos pais.
Hoje, falta-lhe apenas a apresentação de um trabalho para a conclusão da licenciatura em Ciências do Desporto. Aos 37 anos, é um jogador com a carreira quase toda feita em Coimbra, acumulando a experiência de passagens por clubes como a Naval, o Sp. Braga ou o Benfica.
Neste ano, a juntar às funções de guarda-redes, Pedro Roma acumula o cargo de responsável do Departamento de Futebol Juvenil, com a missão de reestruturar os quadros técnicos e os recursos humanos. Diz que encara o projecto com uma 'grande responsabilidade' e que tem o objectivo de contribuir para o desenvolvimento das camadas jovens do clube. Quanto ao futuro e ao dia de arrumar as luvas, o jogador mais velho da Liga afirma que dentro de campo é que se vê a idade: 'Enquanto tiver vontade vou continuar. Eu irei sair um dia mas gostava de ser eu a determiná-lo, que é quando deixar de ter disponibilidade física e mental. Gostava de terminar só aos 40.'
As grandes referências da sua carreira são Bento e Vítor Damas. Quando esteve no Benfica, frisa, só não conseguiu chegar tão alto como os seus ídolos porque na equipa estavam Silvino e Preud’homme. Nunca representou a Selecção mas chegou a ser referenciado por Scolari. 'Seria a cereja no topo do bolo', concluiu o guarda-redes.
PERFIL
Pedro Miguel da Mota Roma nasceu em Pombal a 13 de Agosto de 1970. Começou no futebol amador aos 12 anos, no Sportig de Pombal. Em 1985 entrou nos juniores da Académica. Aos 19 anos foi para a Naval por uma época. Passados mais dois anos em Coimbra, ingressou no Benfica. Ao fim de duas épocas voltou à Académica, de onde só estaria longe em 2001/02, no Sporting de Braga.
POUCAS HIPÓTESES NA LUZ
Ainda hoje, devido à forte concorrência, Pedro Roma considera que os dois anos passados no Benfica foram de 'travessia do deserto', sem evolução individual. Por isso, foi natural o regresso à Académica, onde conheceria o sucesso com a subida do clube à Liga. Pelo caminho ficaram várias lesões, como uma fractura num tornozelo que o obrigou a parar quatro meses (1995) ou quando partiu um maxilar e nem chegou a começar a época. Marcas que define como ‘ossos do ofício’ de quem dá tudo para sobressair entre os postes.
Com uma vida dedicada ao futebol, é difícil recordar o jogo mais importante, mas o guarda-redes destaca um jogo com o FC Porto (1-1), em Taveiro, quando 'toda a Imprensa' lhe deu 'nota máxima pela prestação e, na altura, teve muito impacto'.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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